Reproducimos a continuación una nota publicada en el Portal UNICAMP sobre el seminario "Tecnologia social e economia solidária: construindo a ponte" organizado por el Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI).
Em seminário, Gapi expõe seu trabalho em tecnologia social à crítica externa
Luiz Sugimoto*
Fotos: Antonio Scarpinetti
Edição das imagens: Everaldo Silva
[28/2/2012] "Tecnologia social e economia solidária: construindo a ponte" é o seminário que o Grupo de Análise de Políticas de Inovação (Gapi) está promovendo nesta terça e quarta-feira para expor seus estudos à crítica de convidados nacionais e internacionais, no auditório do IFCH. O Gapi, que é vinculado ao Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), do Instituto de Geociências da Unicamp, tem entre seus objetivos o fomento a atividades de ensino e pesquisa em tecnologia social nas instituições públicas.
O Gapi define tecnologia social, em linhas gerais, como o conhecimento desenvolvido para viabilizar arranjos produtivos chamados de empreendimentos solidários, que estão sendo organizados para absorver trabalhadores latino-americanos que hoje sobrevivem na economia informal. Esses arranjos devem satisfazer as demandas materiais dos que vêm se incorporando à economia solidária em busca de oportunidades de trabalho e renda. E, também, proporcionar à sociedade bens e serviços de uso coletivo ou "cidadão" que não precisam nem devem "passar pelo mercado", uma vez que eles são alvo do poder de compra do Estado.
"É um seminário internacional para discutir os resultados que o nosso grupo alcançou no plano teórico, já que esta área é muito pouco trabalhada na Universidade e, consequentemente, não possui densidade teórica", explica o professor Renato Dagnino, coordenador do Gapi. "Trouxemos pesquisadores da área de economia solidária e tecnologia social, e outros mais ligados à ciência política e sociologia, buscando uma crítica externa." Na opinião do docente da Unicamp, o Gapi está trazendo experiências em tecnologia social e economia solidária para mostrar que é possível explorar o conhecimento científico-tecnológico de maneira diferente. "É possível procurar não o lucro das empresas, mas o bem-estar das pessoas, a melhoria da qualidade de vida e, sobretudo, a distribuição de renda, pois continuamos sendo um dos países mais desiguais do mundo."
Para mencionar uma experiência concreta, Renato Dagnino informa que o Brasil já possui um milhão de cisternas de placas - reservatórios cilíndricos, cobertos e semienterrados, que permitem a captação e o armazenamento das águas da chuva. "São um exemplo de tecnologia social, que foi desenvolvida em conjunto com a população e por ela própria construída, sem a entrada do capital privado e do lucro. Pode não ser um conhecimento revolucionário, mas está permitindo a melhoria da qualidade de vida, das técnicas de plantio e a introdução de novas culturas."
O Gapi, segundo o coordenador, vem observando inúmeras experiências desenvolvidas principalmente na área rural, a fim de que esses conceitos sejam ensinados aos alunos. "Na próxima semana, vamos colaborar num curso sobre tecnologia social na Universidade Latino-americana (Unila), em Foz do Iguaçu. É uma iniciativa pioneira com 30 alunos de todo o continente e um subproduto importante do trabalho que nosso grupo vem desenvolvendo."
Um dos palestrantes estrangeiros no primeiro dia de evento foi o professor Enrique Martinez, que presidiu o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (Inti) da Argentina e está direcionando aquele órgão para a tecnologia social. Outros convidados internacionais são André Noel Roth Deubel (Universidad Nacional de Colombia) e Susana Hintze (Universidad Nacional General Sarmiento).
* Publicado en Portal UNICAMP
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